25 de ago. de 2011

CONSELHO

Não apresse meu querer.
Meu querer não é tempestade, rodamoinho ou pé de vento...
Não é língua de fogo nem chuva passageira...
Não é pé d`água, nem poeira.

Não apresse meu querer. Nem meu DES-QUERER.
Que um dia desses ele vem vindo...
Chega de mala e cuia, pede pouso. Faz morada.

Meu querer é gigante de músculos e carnes trançadas...
Olhos profundos de paz...colo de mãe.
Seu passo é lento, seu corpo pesado.
Traz entre os dedos uma caixinha dourada.

Meu querer é brisa suave, grota de rio, broto de flor.
Dentro do peito: alma, corpo...um beijo e todo o tempo do mundo.